Episódio 9 – Diabetes: as dificuldades no acesso a insulinas e insumos
O BiommCast está no ar desde 2020, mas você pode ficar por dentro da série sobre diabetes, lançada em julho, também pelo programa VC em Dia, no Spotify.
Nas edições anteriores, apresentamos o diabetes e revelamos técnicas inovadoras, além de procedimentos de última geração para controle da doença. Hoje, vamos falar sobre a burocracia enfrentada por quem faz uso da insulina.
As pessoas com diabetes tipo 1 precisam da insulina para sobreviver, pois essa é uma doença autoimune, ou seja, não existe a fabricação natural desse hormônio pelo organismo. Já os indivíduos com o tipo 2 costumam utilizar medicamentos orais para tratamento. Porém, caso os remédios não tenham efeito, eles também recorrem à insulina.
Atualmente, as insulinas NPH e Humana Regular, voltadas aos tipos 1 e 2, estão disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). As insulinas análogas de ação rápida estão no sistema desde 2018, enquanto as de ação prolongada já foram incorporadas, mas ainda não adquiridas através do Ministério da Saúde.
Aliás, a compra das insulinas análogas de ação rápida ocorreu por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em fevereiro de 2017. A liberação tardia do medicamento é apenas mais uma das dificuldades listadas pela população. Veja as principais:
- A burocracia continua sendo o maior impedimento do benefício;
- Demora no preenchimento do laudo médico devido ao componente especializado;
- Esse laudo precisa ser renovado a cada três meses;
- Somente 11% das pessoas acometidas pelo tipo 1 têm acesso ao montante de canetas oferecidas pelo SUS;
- As pessoas – inclusive os profissionais da saúde – não têm conhecimento sobre o direito à medicação;
- Boa parte da população é atendida pelo clínico geral, que não sabe fazer a exata contagem de carboidratos nem prescrever as quantidades corretas do hormônio.
Diante de tantos obstáculos, as organizações voltadas ao diabetes solicitam a disponibilização da insulina para a atenção básica. Assim, o medicamento pode ser retirado em qualquer posto de saúde, sem renovação a curto prazo, facilitando o dia a dia das pessoas.
Confira o programa completo apresentado pela Marina Machado, com a participação da jornalista Vanessa Pirollo, especialista em Gestão de Comunicação Estratégica e Relações Públicas, representante de 33 Associações de Diabetes e Políticas Públicas e coordenadora de Projetos da ADJ Diabetes Brasil.