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COMBATENDO O DIABETES INFANTIL

Sobre a campanha

No contexto da pandemia, alguns grupos de risco, incluindo pessoas com diabetes,
ganharam mais visibilidade por estarem mais propensos ao agravamento da Covid-19.
Em razão do isolamento social, as crianças também foram impactadas e especialistas
apontam que a limitação para a prática de atividades físicas ao ar livre estimulou
comportamentos sedentários, desencadeando distúrbios do sono, aumentando o
consumo de alimentos processados e colaborando para o crescimento dos casos de
diabetes infantil.

Este cenário contribuiu para que especialistas médicos e imprensa amplificassem as
mensagens sobre a importância do cuidado integral com a saúde. Ter uma alimentação
equilibrada e praticar exercícios ajudam a reduzir os riscos de desenvolver diabetes
tipo 2 ou a controlar a doença. Adotar um estilo de vida saudável contribui para a
promoção do bem-estar da população em geral, incluindo o público infantil. É
fundamental também procurar um médico quando os sintomas indicarem diabetes e
aderir ao tratamento para manter o índice glicêmico dentro do ideal.

Com o propósito de conscientizar sobre prevenção e tratamento adequado do
diabetes, a campanha “Combatendo o diabetes infantil” tem o objetivo de amplificar
informações seguras sobre o diabetes infantil e reforçar a importância do diagnóstico
precoce, do tratamento eficaz e do estilo de vida saudável – com prática de atividades
físicas e alimentação balanceada desde a infância.

O que é Diabetes Mellitus?

Existem dois tipos principais de diabetes Mellitus: tipo 1 e tipo 2.

Diabetes Tipo 1 é diagnosticado quando o pâncreas para de produzir a insulina ou
reduz a produção em 75%. É uma doença autoimune, que significa que o próprio
sistema imunológico destrói as células que produzem insulina no pâncreas. Isto faz
com que o organismo seja incapaz de controlar a quantidade de glicose no sangue.

Já o diabetes Mellitus tipo 2 é diagnosticado quando o organismo não produz insulina
suficiente para funcionar adequadamente, ou as células do corpo não reagem à
insulina. Isto é conhecido como a resistência à insulina. Se isso acontece, aumenta o
açúcar (glicemia) no sangue. Diabetes tipo 2 está sendo cada vez mais diagnosticado
em crianças. Nos Estados Unidos, um a cada três novos diagnósticos de diabetes
Mellitus tipo 2 são nos jovens.

Ambos os tipos podem se desenvolver em crianças de qualquer idade, inclusive em
bebês, sendo a maior incidência na puberdade quando se necessita de outro hormônio
(o gh ou hormônio do crescimento)

Sintomas e diagnóstico

Os principais sinais da doença são fadiga, fome, sede excessiva, suor, náusea ou
vômito, enurese (micção durante o sono) ou micção excessiva. Também é comum
apresentar dor de cabeça, perda de peso, ritmo cardíaco acelerado, sonolência ou
visão embaçada.

O diagnóstico é confirmado pela medição do nível de glicose no sangue por meio do
exame de sangue. O nível de glicose no sangue pode ser medido pela manhã antes de
a criança comer (chamado de nível de glicose em jejum) ou sem levar em consideração
as refeições (chamado de nível de glicose aleatória).

Tratamento e cuidados especiais

Diabetes Mellitus tipo 1 pode ser controlada com aplicação de insulina, dieta
equilibrada e exercício físico regular. A taxa de açúcar deve ser monitorada várias
vezes ao dia por meio do teste glicêmico.

Diabetes Mellitus tipo 2 pode ser tratada com dieta equilibrada, exercício físico regular
e, dependendo do caso, medicamentos que facilitem a ação da insulina.

A criança diabética pode levar uma vida semelhante à das crianças sem diabetes.
Quando adultos, serão perfeitamente capazes de ter uma vida normal e produtiva,
entretanto, se o açúcar do sangue não for mantido em níveis próximos aos normais ao
longo dos anos, a criança com diabetes terá maior risco de ter complicações a longo
prazo, que podem afetar olhos, rins, coração e sistema nervoso.