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ISTOÉ DINHEIRO: Brasil volta a produzir insulina glargina com fábrica da Biomm

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Unidade de Nova Lima é capaz de atender até 80% da demanda nacional e deixa o país próximo da autossuficiência

A Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a Biomm,
farmacêutica brasileira pioneira na produção de biomedicamentos, a
produzir insulina Glargina em sua fábrica em Nova Lima (MG). O Glargilin, nome dado pela empresa ao produto,
já estava registrado no Brasil, mas com fabricação exclusiva na China. Com a
aprovação de um conjunto de alterações pós-registro, nesta terça-feira, dia 2,
a Biomm poderá fazer a formulação e o envase do produto terminado no Brasil.

A insulina Glargina é uma variedade do produto que tem entre as principais características
a duração maior que a humana. Produzida usando a técnica de DNA recombinante,
pode ser aplicada sem horário determinado, apenas uma vez por dia.

O início da produção na fábrica da Biomm marca a retomada da produção de insulinas no
Brasil, depois de anos, e deixa o país próximo da autossuficiência. Segundo a
empresa, quando estiver operando a plena capacidade, a unidade produzirá 40
milhões de frascos e seringas do biomedicamento por ano, o suficiente para dar
conta de 80% da demanda nacional. Neste ano, a empresa calcula que já será
capaz de produzir 10 milhões.

A retomada da produção faz parte de um conjunto de iniciativas do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS),
que tem o objetivo de retomar a produção de insumos estratégicos para o setor
farmacêutico, garantindo a independência nacional no tratamento de uma das
doenças que mais cresce no mundo.

Só no Brasil, há cerca de 16 milhões de adultos diabéticos, de acordo com o Atlas do Diabetes. E, até 2045, a perspectiva
é de que o número irá aumentar para 23 milhões, acompanhando a tendência global
de alta. Mas, mesmo com a demanda crescente, ainda são poucos os fabricantes de insulina no
mundo.

O investimento total para a produção de insulina na fábrica de Nova Lima é de R$
800 milhões. Para dar início à operação, a Biomm aumentou o capital em R$ 271
milhões, recentemente. Parte do dinheiro veio de uma captação estruturada e
ancorada pelo Banco Master, de R$ 150 milhões. O restante veio dos fundadores –
Walfrido Mares Guia, Marcos Mares Guia, André Emrich e Italo Betane, donos de
24% do capital – e de outros investidores que já faziam parte da sociedade.

Link da Material na integra ISTOÉ DINHEIRO, acesso 06/04: https://istoedinheiro.com.br/brasil-volta-a-produzir-insulina-glargina-com-fabrica-da-biomm/